sexta-feira, 15 de abril de 2011

Outra pequena batalha da mesma grande guerra

Segunda-feira. O pior dia da semana. Acordo às oito horas da manhã e vou à Cultura Inglesa. Quando acaba a minha aula eu desço e espero a minha irmã descer. Após dez minutos ela chega e saímos de lá para voltar para casa. Enquanto voltamos ela passa a falar do que aconteceu na aula dela. Irritado, eu atravesso a rua correndo para me livrar dela, mas ela continuava na minha cola e falando:
-Aí o garoto disse que os garotos sempre ganhavam mas...
-Cala a boca - eu disse com um tom de voz irritado
Isso acabou magoando ela e ela disse que falaria para nossa mãe que eu atravessei a rua sem ela e que por causa disso ela não deixaria nós irmos de ônibus para a escola. Eu, nem ligando para esse comentário dela, atravesso a rua sem avisá-la mais três vezes. Quando chegamos em casa e entramos no elevador, ela disse:
-Eu vou falar para a mamãe que você atravessou a rua quatro vezes sem me avisar e ela não vai deixar você passar a ir de ônibus para a escola nem a pau.
Eu fiquei "dando de ombros" enquanto ela falava então ela apertou o botão do 11º andar mas, assim que ela apertou o botão, nós chegamos no nosso andar. Eu comecei a rir dela e fui tocar a campainha do nosso apartamento. Quando eu toquei a campainha ela começou a fingir quem me enforcava e quando meu pai abriu a porta ela inventou que era só uma brincadeira. Quando entramos em casa, meu pai mandou minha irmã fazer exercício da fisioterapia. Então ela fazia mas sempre que meu pai não estava olhando ela parava de fazer o exercício e eu avisava meu pai. Então, alguns minutos após chegarmos lá, meu pai foi para o trabalho e aí minha irmã parou de vez de fazer exercício. Então começamos a discutir e quando ela foi para cima de mim eu começei a rodar, como se fizesse o kaiten (técnica do mangá Naruto), e acabei atingindo a boca dela. Ela começou a reclamar apesar dos meus pedidos de desculpa. Alguns minutos depois ela cobriu minha cabeça com um lencol, como se estivesse me raptando. Eu nem me debati então ela me jogou no chão, se sentou no sofá e me usou com apoio de pés. Após algum tempo eu me levanto, nós nos desculpamos e vamos cada um para o seu caminho.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Droga de Eletropaulo

Noite de sábado. Prestes a criar coragem para fazer a lição de história a luz pisca duas vezes e acaba de vez. Eu ando em direção à sala (estava em meu quarto lendo mangá) e peço para minha mãe ligar para o atendimento da Eletropaulo, ver quando a luz vai voltar. Ela fala que não e fica conversando com meu pai. Eu vou a sacada ver a extensão do "apagão". Ao contrário da maioria das  vezes, desta vez o "apagão" foi mais longo (na maioria das vezes só apaga a luz na minha casa). Desta vez eu não estou "sozinho" na escuridão. Meu pai em pouco tempo resolve dormir mas eu continua acordado com minha mãe e minha irmã, esperando a Eletropaulo fazer a luz voltar. Enquanto esperamos, ouvimos a leve chuva do lado de fora e conversamos sobre a demora rotineira que a Eletropaulo leva para voltar ao normal a luz.
 Então começo a relembrar a última vez que havia acabado a luz. Fazia um mês e quando eu cheguei em casa a luz já havia acabado. Tive que subir 12 andares de escada e a pior parte era que a Eletropaula havia enviado uma notificação quatro dias atrás e dizia justamente que a luz acabaria no dia seguinte e só voltaria a uma da tarde.
Após acabar esse meu "flashback" eu resolvo escovar os dentes e dormir. Quando me levanto da rede e minha mãe vai ligar para a Eletropaulo ver quando a luz vai voltar, a luz volta. Eu, feliz, ligo a televisão e passo a asssistir um filme já começado, já "preparado" para o próximo "apagão".