domingo, 8 de maio de 2011

As ruas de São Paulo

Andando pelas ruas de São Paulo, olho para os lados e vejo carros, muitos carros. Carros poluindo o mundo e a maioria com só o motorista dentro. Andando pelas ruas de São Paulo, também vejo lixo, lixo no chão. Também vejo prédios, um mais alto que o outro. Também vejo moradores de rua, muitos moradores de rua. Uns moram em baixo de pontes ou viadutos; outros em postos de gasolina; outros em frente a supermercados; e outros próximos a pontos de ônibus. Nas ruas de São Paulo, também vejo construções, construções em andamento. Algumas nem começaram, é só um terreno; outras começaram a pouco tempo; e outras começaram faz tempo e ainda vão demorar muito tempo para acabar.
Quando vejo isso, penso: “Qual é o problema dessa cidade?". Mas a resposta está na nossa cara, não é o governo, nem as construtoras de carro: é o fato de estarmos despreparados para a urbanização.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Outra pequena batalha da mesma grande guerra

Segunda-feira. O pior dia da semana. Acordo às oito horas da manhã e vou à Cultura Inglesa. Quando acaba a minha aula eu desço e espero a minha irmã descer. Após dez minutos ela chega e saímos de lá para voltar para casa. Enquanto voltamos ela passa a falar do que aconteceu na aula dela. Irritado, eu atravesso a rua correndo para me livrar dela, mas ela continuava na minha cola e falando:
-Aí o garoto disse que os garotos sempre ganhavam mas...
-Cala a boca - eu disse com um tom de voz irritado
Isso acabou magoando ela e ela disse que falaria para nossa mãe que eu atravessei a rua sem ela e que por causa disso ela não deixaria nós irmos de ônibus para a escola. Eu, nem ligando para esse comentário dela, atravesso a rua sem avisá-la mais três vezes. Quando chegamos em casa e entramos no elevador, ela disse:
-Eu vou falar para a mamãe que você atravessou a rua quatro vezes sem me avisar e ela não vai deixar você passar a ir de ônibus para a escola nem a pau.
Eu fiquei "dando de ombros" enquanto ela falava então ela apertou o botão do 11º andar mas, assim que ela apertou o botão, nós chegamos no nosso andar. Eu comecei a rir dela e fui tocar a campainha do nosso apartamento. Quando eu toquei a campainha ela começou a fingir quem me enforcava e quando meu pai abriu a porta ela inventou que era só uma brincadeira. Quando entramos em casa, meu pai mandou minha irmã fazer exercício da fisioterapia. Então ela fazia mas sempre que meu pai não estava olhando ela parava de fazer o exercício e eu avisava meu pai. Então, alguns minutos após chegarmos lá, meu pai foi para o trabalho e aí minha irmã parou de vez de fazer exercício. Então começamos a discutir e quando ela foi para cima de mim eu começei a rodar, como se fizesse o kaiten (técnica do mangá Naruto), e acabei atingindo a boca dela. Ela começou a reclamar apesar dos meus pedidos de desculpa. Alguns minutos depois ela cobriu minha cabeça com um lencol, como se estivesse me raptando. Eu nem me debati então ela me jogou no chão, se sentou no sofá e me usou com apoio de pés. Após algum tempo eu me levanto, nós nos desculpamos e vamos cada um para o seu caminho.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Droga de Eletropaulo

Noite de sábado. Prestes a criar coragem para fazer a lição de história a luz pisca duas vezes e acaba de vez. Eu ando em direção à sala (estava em meu quarto lendo mangá) e peço para minha mãe ligar para o atendimento da Eletropaulo, ver quando a luz vai voltar. Ela fala que não e fica conversando com meu pai. Eu vou a sacada ver a extensão do "apagão". Ao contrário da maioria das  vezes, desta vez o "apagão" foi mais longo (na maioria das vezes só apaga a luz na minha casa). Desta vez eu não estou "sozinho" na escuridão. Meu pai em pouco tempo resolve dormir mas eu continua acordado com minha mãe e minha irmã, esperando a Eletropaulo fazer a luz voltar. Enquanto esperamos, ouvimos a leve chuva do lado de fora e conversamos sobre a demora rotineira que a Eletropaulo leva para voltar ao normal a luz.
 Então começo a relembrar a última vez que havia acabado a luz. Fazia um mês e quando eu cheguei em casa a luz já havia acabado. Tive que subir 12 andares de escada e a pior parte era que a Eletropaula havia enviado uma notificação quatro dias atrás e dizia justamente que a luz acabaria no dia seguinte e só voltaria a uma da tarde.
Após acabar esse meu "flashback" eu resolvo escovar os dentes e dormir. Quando me levanto da rede e minha mãe vai ligar para a Eletropaulo ver quando a luz vai voltar, a luz volta. Eu, feliz, ligo a televisão e passo a asssistir um filme já começado, já "preparado" para o próximo "apagão".

quinta-feira, 31 de março de 2011

Beat-box e "rap do 'busão' "

Quinta-feira. Na perua eu vejo um ônibus chamado MORRO DOCE 8622. Ao ver o nome do ônibus imagino um morro feito de doce e então começo a rir e mostro para os outros da perua. Eles nem ligam então eu mostro outro, o MANGALOT 8686(que eu achei engraçado pois se pronuncia mangalô mas para ficar mais engraçado eu falava mangalóti)e novamente eles não ligam então eu começo fazer beat-box (para quem não sabe, beat-box consiste em reproduzir sons de bateria com a voz e a boca) e a cantar o "rap do 'busão' " que é assim:"8622 via-lapa; 8622 morro doce; 8686 mangalot; 8686 via-lapa “ e voltei a fazer beat-box. Algumas das pessoas na perua começaram a rir, pois no fim do beat-box eu faço voz aguda como se fosse um disco riscando. Eu, nem ligando, continuei a cantar e fazer beat-box, inclusive tentando encaixar outros ônibus na música (sem sucesso) até o perueiro se encher e falar para eu parar.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma pequena batalha de uma grande guerra

Quarta feira de cinzas. Um amigo meu está na minha casa e minha mãe foi comprar pão. Enquanto tentava fechar a porta de casa aparece minha irmã com neve artificial (espuma de Carnaval) e espirra aquilo em mim. Para quem não sabe, aquilo deixa um cheiro horrível na roupa. Então, enquanto meu amigo ri eu grito:
- F**** da ***a, primeiro você joga em mim no sábado e agora de novo!  Você tá morta.
Então eu do uma fungada e cuspo nela e, como uma bala atinge o ladrão, o meu cuspe atinge o ombro dela. Ela, com raiva, pega uma almofada e começa a me perseguir. Eu, como um verdadeiro general, sei como reagir em casos extremos, a melhor reação quando sua irmã mais nova te persegue furiosamente com uma almofada é fugir até ela se acalmar. Após algum tempo ela "desiste" e sai da porta do escritório eu confiro e saio com a lata de espuma apreendida em mãos. Quando chego à sala ela aparece perto do sofá e joga um spray de pentear cabelo em mim. Eu, como um verdadeiro general, sei quando não contra-atacar, então eu a ignoro para não começar de novo (porque eu estava com certo medo) e vou para o computador com meu amigo.